O PL resolveu colocar o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), como presidente da Comissão de Segurança Pública, segundo parlamentares a par das negociações, para poder avançar com pautas que são caras à direita e fortalecer sua base eleitoral para 2026.
O desenho do comando das comissões está sendo fechado em acordo entre os partidos e o senador Davi Alcolumbre (União-AP), favorito na eleição para o comando da Casa. A comissão de segurança começa o ano com projetos prontos para votação que tratam de aumento de penas para diferentes crimes. O atual presidente da comissão é o senador Sérgio Petecão (PSD-AC).
Além de ter a autonomia de pautar e aprovar projetos, esse ano as comissões ganharam uma relevância a mais com as emendas de comissão reforçadas no ano passado, quando os colegiados tiveram R$ 15 bilhões nas mãos para indicar a estados e municípios.
O novo comando das comissões permanentes no Senado para 2025 ainda não foi oficializado e depende do resultado da eleição para a Mesa Diretora da Casa, marcado para este sábado.
Nesta costura, o PT deve ficar no comando de duas comissões, a de Educação, nas mãos da senadora Teresa Leitão (PT-PE) e, com o Meio Ambiente, com o senador Fabiano Contarato (PT-ES). O parlamentar já era vice-presidente do colegiado, no ano passado, e já esteve no comando entre 2019 e 2020. A preocupação dos governistas é tentar barrar projetos que possam comprometer a imagem do Brasil na área ambiental.
Já o PL, além da comissão de Segurança Pública terá também o comando da Comissão de Infraestrutura, com o senador Marcos Rogério (PL-RO). Esse colegiado é relevante porque é o responsável por sabatinar indicados do governo para diversas agências reguladoras. O que obrigará o Palácio do Planalto a negociar com um senador da oposição.